A Doença do Refluxo Gastroesofágico tem desafiado a comunidade médica nos últimos anos. Não se sabe bem o motivo, mas essa enfermidade está aumentando gradativamente, tornando-se a queixa mais frequente nos consultórios de Gastroenterologia. Ela pode se apresentar com queixas digestivas variadas, otorrinolaringológicas, pneumológicas e até simulando doenças cardiológicas.

Seu diagnóstico tem evoluído muito nos últimos anos com a introdução da pHmetria Esofágica de 24 horas. Mas esse método se mostrou limitado porque só detecta refluxo ácido e há outros tipos de refluxos.

Por outro lado, esse mesmo refluxo ácido pode não ser detectado no período pós-prandial pelo fato de que o tamponamento do suco gástrico pelo alimento pode tornar esse período um ponto cego no diagnóstico.

Com a ampla utilização de medicamentos chamados de antissecretores ou inibidores da bomba de prótons (omeprazol), surgiu um grupo de pacientes refratários à medicação, ou seja, pessoas que não respondem ao tratamento habitual.

Isso ocorre em razão de outras formas ou tipos de refluxos, distúrbios funcionais do esôfago, o chamado esôfago sensível e causas psicossomáticas.

Para preencher essa lacuna diagnóstica, desenvolveu-se a Impedâncio pHmetria Esofágica a fim de auxiliar no diagnóstico nos casos de refluxos “não ácidos” ou “fracamente ácidos” e distúrbios funcionais.

Portanto, é um método diagnóstico que representa um progresso em relação à pHmetria Esofágica Convencional e atualmente é considerado como um exame mais avançado e preciso na detecção da DRGE.