Constipação Intestinal em Crianças

Na imensa maioria das vezes, a constipação intestinal crônica é tida como um transtorno funcional, ou seja, não há uma doença detectável. Em muitos casos, tem início no primeiro ano de vida, ainda antes da fase de retirada das fraldas. Note-se que a constipação intestinal é uma entidade frequente na população pediátrica com prevalência estimada entre 4-30%, predominando em pré-escolares, sem predileção pelo sexo nessa idade.

A constipação intestinal compreende evacuações em frequência menor do que três vezes por semana, percebendo-se o aumento da consistência das fezes, que se tornam ressecadas e duras. Há casos em que a criança evacua diariamente fezes muito ressecadas, em cibalos (“bolinhas duras”, como fezes de cabrito), com muito esforço e dor, que são igualmente classificados como constipação intestinal.

A insegurança, o desconforto e a dor para completar o ato evacuatório geram em muitas crianças um comportamento denominado como retentivo. Elas se recusam a sentar no vaso sanitário ou pinico e acabam por expelir as fezes em lugares diferentes, como atrás de cortinas ou portas. As fezes muito duras podem, por vezes, machucar o ânus e determinar fissuras, com consequente dor e sangramento. 

Outra complicação importante da constipação intestinal crônica é a presença do escape de fezes nas roupas íntimas das crianças acometidas, o que pode gerar importante problema familiar e social, especialmente no ambiente escolar.

Quando os familiares detectam esse problema em fase inicial, devem entrar em contato com o especialista para que algumas medidas sejam implementadas. Quanto mais se retarda o início do tratamento da constipação, maior é o tempo necessário para restituir um hábito intestinal normal.

Agende a consulta do seu pequeno conosco!