Helicobacter Pylori

A bactéria H. pylori desenvolve-se na camada mucosa protetora do revestimento gástrico, local em que se encontra menos exposta aos sucos altamente ácidos produzidos pelo estômago. 

A transmissão do H. pylori ocorre provavelmente através do consumo de água e alimentos contaminados e pela falta de higiene pessoal, sendo sua prevalência (proporção de indivíduos infectados) variável de país para país e de região para região.

Estima-se que 40 a 50% da população mundial esteja infectada por esse microrganismo. Nos países em desenvolvimento, sua prevalência atinge de 70% a 90%. A grande maioria das pessoas infectadas por essa bactéria não tem qualquer sintoma e nunca vai desenvolver qualquer problema de saúde. No entanto, sua presença pode estar associada com o surgimento de alguns problemas gastrintestinais como úlceras, gastrites e, menos comumente, o câncer.

O H. pylori é classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente cancerígeno. No entanto, é importante ressaltar que ter a bactéria no estômago não significa necessariamente que a pessoa terá câncer. Ela é mais um fator de risco como cigarro, bebida alcoólica, exposição excessiva ao sol e depende também de fatores de predisposição genética. Há outros fatores ambientais que aumentam o risco de aparecimento de câncer de estômago, sendo a dieta inadequada o principal deles. Uma alimentação com excesso de sal, embutidos, defumados e produtos enlatados deve ser evitada. Ainda não se sabe o motivo de algumas pessoas com H. pylori desenvolverem doenças e outras não.

Os sintomas da infecção dependem da doença que a bactéria causou em determinado indivíduo.

O diagnóstico pode ser feito por métodos indiretos:

  • Pesquisa de anticorpos no sangue (IGG e IGM);
  • Testes para pesquisa de urease (substância do metabolismo bacteriano) em amostras de biópsias gástricas;
  • Teste respiratório com ureia marcada com carbono radiativo (C13).

E pesquisa por métodos diretos:

  • Visibilidade direta da bactéria em amostras de biópsias gástricas;
  • Crescimento bacteriano em meio de cultura com tecido gástrico infectado.

O tratamento pode ser feito com antibióticos, com duração de 7 a 14 dias. Tanto o diagnóstico como o tratamento devem ser sempre discutidos com seu médico.