Pólipo de Vesícula

O pólipo de vesícula é uma lesão que projeta-se da parede vesicular para o interior da mesma. O diagnóstico de pólipo de vesícula aumentou muito devido ao elevado uso da ultrassonografia abdominal.

São diagnosticados em cerca de 5% da população em geral. Normalmente, os pólipos vesiculares não apresentam sintomas e, por isso, são descobertos acidentalmente durante exames de ultrassonografia abdominal.

Eles são divididos em 2 grupos: Malignos, que são a origem de carcinomas (câncer) da vesícula biliar; Benignos, sendo que em 90% dos casos, eles são formados por acúmulos de colesterol e são falsos pólipos ou pseudopólipos. Os pólipos inflamatórios são pouco frequentes e consistem numa reação inflamatória local, estando associados, muitas vezes, à colecistite crônica.

O adenoma, apesar de ser um pólipo benigno, pode ter um comportamento pré-maligno. Esta é uma lesão habitualmente solitária, pediculada e pode estar associada a cálculo vesicular.

Devido ao mau prognóstico do carcinoma da vesícula biliar, é importante diferenciar entre um pólipo benigno e um pólipo maligno. Geralmente, pólipos menores que 1 cm e assintomáticos são seguidos por um tempo com ultrassonografias de controle, para estudar um possível crescimento rápido dessas lesões. Alguns estudos, no entanto, demonstraram que somente o diâmetro do pólipo não é um critério seguro de exclusão neoplásica ou pré-maligno, de forma a proporcionar um tratamento adequado.

O tratamento dos pólipos vesiculares é cirúrgico, ou seja, a colecistectomia que só deve ser realizada quando existe: clínica relacionada com o pólipo; pólipos de diâmetro superior a 10 mm; crescimento do pólipo num curto espaço de tempo; pólipo séssil ou base de inserção larga; pólipo com longo pedículo; idade do paciente superior a 50 anos; coexistência com cálculos vesiculares; pólipos localizados no infundíbulo da vesícula ou alterações ultrassonográficas na parede vesicular.